terça-feira, 8 de abril de 2014

Centro de Referência em Hipertensão Arterial Pulmonar do Hospital Pompéia entra em funcionamento


Caxias do Sul ganhou o seu primeiro Centro de Referência em Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), doença rara e sem cura, que acomete as artérias que ligam os pulmões ao coração. O novo serviço do Hospital Pompéia conta com infraestrutura de pessoal e diagnóstico completa para o atendimento aos pacientes.


O Centro de Referência está localizado junto ao Consultório de Especialidades Médicas, no segundo andar da ala de convênios. A estrutura física do Pompéia foi otimizada para incluir o novo espaço. O atendimento é prestado na forma de consultas, internações e exames, como cateterismo cardíaco e ecocardiograma. A equipe é formada por pneumologistas, cardiologistas e reumatologistas.

Para o atendimento no Centro, os próprios pacientes podem agendar uma consulta no Consultório de Especialidades Médicas, ou serem encaminhados pelos seus médicos ao serviço. As consultas podem ser marcadas pelo telefone (54) 3220 8067.

De acordo com o coordenador do serviço, pneumologista Luciano Bauer Grohs, a criação desse espaço consolida um antigo desejo dos médicos e uma necessidade da comunidade.

“Embora a hipertensão arterial pulmonar corresponda a uma doença rara, pressão elevada na artéria pulmonar é um dos mais frequentes achados cardiovasculares, atrás apenas da hipertensão arterial e da cardiopatia isquêmica. Todo paciente com aumento da pressão na artéria pulmonar deve ser avaliado de forma especializada”, afirma Grohs.

Sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar
Doença mais ameaçadora do que muitos tipos de câncer, a Hipertensão Arterial Pulmonar atinge cerca de 350 mil pessoas no mundo. No Brasil, são entre 3 mil e 10 mil pacientes. Quando não tratada com os recursos e medicamentos adequados, leva o portador à morte rapidamente. Segundo a literatura médica, a sobrevida média estimada em pacientes com HAP, sem tratamento específico, é de 2,5 anos, após o diagnóstico.

Os sintomas da doença são muitas vezes leves e comuns a outras enfermidades, como falta de ar, tontura, cansaço, sensação de aperto torácico, capacidade de exercício limitada e fadiga. Conforme ela se desenvolve, o fluxo sanguíneo pelas artérias pulmonares é restringido. O lado direito do coração é submetido a uma tensão crescente para bombear o sangue até os pulmões e isso faz com que aumente de tamanho. Após a suspeita clínica, o rastreamento da situação é feito por ecocardiograma. O diagnóstico definitivo passa por medida direta da pressão através de um cateter.

O tratamento é feito com medidas gerais, como oxigênio, diuréticos, anticoagulantes, entre outros, e também com a chamada "terapia avançada", medicações específicas para a doença, de acordo com protocolos validados nacional e internacionalmente. 

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