Caxias do Sul ganhou o seu primeiro
Centro de Referência em Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), doença rara e sem
cura, que acomete as artérias que ligam os pulmões ao coração. O novo serviço
do Hospital Pompéia conta com infraestrutura de pessoal e diagnóstico completa
para o atendimento aos pacientes.
O Centro de Referência está localizado junto
ao Consultório de Especialidades Médicas, no segundo andar da ala de convênios.
A estrutura física do Pompéia foi otimizada para incluir o novo espaço. O
atendimento é prestado na forma de consultas, internações e exames, como
cateterismo cardíaco e ecocardiograma. A equipe é formada por pneumologistas,
cardiologistas e reumatologistas.
Para o atendimento no Centro, os
próprios pacientes podem agendar uma consulta no Consultório de Especialidades
Médicas, ou serem encaminhados pelos seus médicos ao serviço. As consultas
podem ser marcadas pelo telefone (54) 3220 8067.
De acordo com o coordenador do serviço,
pneumologista Luciano Bauer Grohs, a criação desse espaço consolida um antigo
desejo dos médicos e uma necessidade da comunidade.
“Embora a hipertensão arterial pulmonar
corresponda a uma doença rara, pressão elevada na artéria pulmonar é um dos
mais frequentes achados cardiovasculares, atrás apenas da hipertensão arterial
e da cardiopatia isquêmica. Todo paciente com aumento da pressão na artéria
pulmonar deve ser avaliado de forma especializada”, afirma Grohs.
Sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar
Doença mais ameaçadora do que muitos
tipos de câncer, a Hipertensão Arterial Pulmonar atinge cerca de 350 mil
pessoas no mundo. No Brasil, são entre 3 mil e 10 mil pacientes. Quando não
tratada com os recursos e medicamentos adequados, leva o portador à morte
rapidamente. Segundo a literatura médica, a sobrevida média estimada em
pacientes com HAP, sem tratamento específico, é de 2,5 anos, após o
diagnóstico.
Os sintomas da doença são muitas vezes
leves e comuns a outras enfermidades, como falta de ar, tontura, cansaço,
sensação de aperto torácico, capacidade de exercício limitada e fadiga.
Conforme ela se desenvolve, o fluxo sanguíneo pelas artérias pulmonares é
restringido. O lado direito do coração é submetido a uma tensão crescente para
bombear o sangue até os pulmões e isso faz com que aumente de tamanho. Após a
suspeita clínica, o rastreamento da situação é feito por ecocardiograma. O
diagnóstico definitivo passa por medida direta da pressão através de um cateter.
O tratamento é feito com medidas gerais,
como oxigênio, diuréticos, anticoagulantes, entre outros, e também com a
chamada "terapia avançada", medicações específicas para a doença, de
acordo com protocolos validados nacional e internacionalmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário